3º hábito da mente em sala de aula: Pensar em flexibilidade
Você lerá nesse post:
1 – O que significa pensar com flexibilidade?
Pensar com flexibilidade é a capacidade de mudar de opinião ao receber novos dados sobre uma questão. Significa ter humildade para reconhecer que não existe apenas um caminho ou apenas uma forma de resolver um problema. Também significa ser capaz de se envolver em múltiplas atividades ao mesmo tempo, usando um repertório de estratégias para solucionar uma questão.
Pessoas flexíveis sabem que têm opções e que podem desenvolver alternativas a ser consideradas diante de um problema. Entendem a relação meio-fim, são capazes de trabalhar de acordo com normas e critérios e podem prever as consequências de desprezar uma regra.
2- Por que é importante pensar com flexibilidade?
Ser capaz de pensar com flexibilidade é essencial para a lidar com as diversidades sociais e culturais, valorizando a forma como outras pessoas vivem e pensam.
Pensar com flexibilidade também é determinante quando é necessário lidar com problemas inesperados, que demandam a busca de caminhos diferentes, muitas vezes recomendados por outras pessoas. O pensador flexível tolera a confusão e a ambiguidade até certo ponto, sabe o momento de deixar um problema de lado por compreender que seu subconsciente continuará trabalhando nele de forma criativa e produtiva.
O pensamento flexível abre espaço para o humor, a criatividade e a criação de um repertório sempre crescente de estratégias para resolver problemas.
3- Por que o pensamento flexível é importante para estudar Arte?
Como a Arte é uma ciência humana, muitas vezes possibilita que se chegue a uma resposta vários caminhos. Há até casos em que se admitir mais de uma resposta. Entender que as pessoas aprendem, pensam e agem de maneiras distintas é essencial para desenvolver um olhar flexível em relação a tudo o que é novo ou diferente.
Estudar Arte implica entrar em contato com diversas produções verbais e não verbais, orais e escritas. O pensamento flexível contribui para que se possa apreciar essas produções sem preconceito ou estranhamento, sejam elas assinadas por artistas renomados, sejam elas elaboradas por colegas de classe. A flexibilidade torna ainda a participação em debates e em outras situações de discussão coletiva mais proveitosa.
O ensino de Arte deve contribuir para a formação do aluno como um cidadão que saiba avaliar as situações em diferentes perspectivas. Nesse sentido, a flexibilidade ajuda o aluno a construir análises e avaliações que incorporem múltiplas abordagens, reduzindo o espaço para interpretações únicas.
4- O que acontece quando não se tem o hábito de pensar com flexibilidade?
A falta de um pensamento flexível, ou seja, a rigidez de raciocínio, leva à crença de que apenas a própria visão é a correta. A ausência do hábito de pensar com flexibilidade dificulta as relações com o outro, uma vez que o indivíduo inflexível se coloca em uma posição egocêntrica diante dos outros e da vida.
De igual maneira, a falta de flexibilidade dificulta a resolução de problemas novos ou inesperados, pois é preciso ter em mente que diferentes circunstâncias costumam demandar diferentes estratégias para abordar um problema.
5 – Como ensinar a pensar com flexibilidade em sala de aula?
Quando algum aluno se vir bloqueado diante de uma atividade, e sempre que for possível, permita que ele deixe a questão de lado para que seu subconsciente trabalhe na tarefa de forma mais livre. Além disso, estimule a cooperação entre seus alunos, pedindo-lhes que compartilhem com os colegas suas reflexões acerca de um problema e da maneira de resolvê-lo.
Dê espaço para que os alunos cheguem às respostas à maneira deles e evite apresentar ou valorizar apenas um caminho. Ajude-os a criar caminhos de reflexão para que cheguem às respostas.
Procure propor análises diversas das produções artísticas indicadas. Ao não direcionar o olhar para apenas um caminho, o aluno considera outros pontos de vista e procedimentos em suas análises e avaliações.
Nesse sentido, o estudo de Arte é um grande aliado do desenvolvimento da autonomia e do espírito crítico em seus alunos, além de desenvolver habilidades que dialogam com a educação em valores.
6- Como avaliar o nível de pensamento flexível do aluno?
Apresentamos a seguir um quadro de classificação que pode ajudá-lo a identificar o nível no qual cada aluno se encontra em relação ao hábito de pensar com flexibilidade. Com base nessa observação, você poderá lançar desafios personalizados que aprimores esse hábito.