Há alguns anos, salas de aulas ao redor do mundo vem sendo renovadas e revolucionadas por tecnologias digitais. Nós, da equipe do Baú Pedagógico, acompanhamos as inovações que vão surgindo e participamos das discussões sobre caminhos que possam melhorar a qualidade da educação em nosso país, sempre buscando soluções que acreditamos ser as mais adequadas para ajudá-lo a garantir o sucesso e a felicidade dos seus alunos, na escola e na vida.
A revolução tecnológica que mudou a forma de nos comunicarmos e de nos relacionarmos uns com os outros faz parte do cotidiano dessa nova geração de crianças e adolescentes que tiveram as tecnologias digitais presentes na sua vida desde o nascimento e o crescimento. Essa revolução, além de oferecer aparelhos e equipamentos que podem facilitar seu trabalho e despertar a atenção dos alunos em sala, também dá acesso a uma abundância de informações e de meios de comunicação e de exploração do mundo e a autonomia dessas crianças e jovens.
Essa sociedade conectada 24 horas por dia, que dá voz a qualquer pessoa com uma opinião e um smartphone na mão, exige de nós conhecimentos e habilidades diversos para atuarmos com segurança e sucesso nesta era da informação e comunicação. Algumas destas habilidades e conhecimentos são denominados de “competências do século XXI”.
Mas que competências são essas? E como podemos desenvolvê-las em nossos alunos, se somos aprendizes do século passado?
Na verdade, as competências do século XXI são muitos dos mesmos atributos já valorizados no século XX, no século XIX e certamente no século X. A diferença é que, hoje as habilidades de persistir para alcançar objetivos, de aliviar os riscos envolvidos antes de tomar uma decisão e de relacionar-se bem com os outro, por exemplo, são mais do que diferenciais de algumas pessoas “acima da média”. São competências desejadas no cidadão comum, de quem depende o bem-estar da nossa sociedade, e demandadas no mercado de trabalho, cada vez mais necessitados de profissionais com grande habilidade de comunicação e de relação interpessoal, capazes de adaptar-se a diferentes situações, que saibam pensar com flexibilidade e assumir riscos, fazer as perguntas certas e inovar.
Embora cada um de nós possa apresentar atributos como esses em maior ou menor grau, eles não se limitam a talentos natos. Ao contrário, essas habilidades podem ser ensinadas, trabalhadas e aprimoradas de modo consciente, ou seja, podem ser desenvolvidas ao longo do estudo de sua disciplina!
Ao serem trabalhados de maneira sistemática com seus alunos, sugerimos uma lista de nove atitudes ou comportamentos que vão ajudá-los a lidar com as diversidades e adversidades no ambiente escolar e serão interiorizados gradualmente por eles até se tornarem hábito. Esses comportamentos rotineiros, ou hábitos, são disposições que partem da consciência e do intelecto, daí os chamarmos de HÁBITOS DA MENTE.
São eles:
1- Controlar a impulsividade.
2- Persistir.
3- Pensar com flexibilidade.
4- Escutar os outros com atenção e precisão.
5- Esforçar-se por exatidão e precisão.
6- Questionar e levantar problemas.
7- Assumir riscos com responsabilidades.
8- Pensar e comunicar-se com clareza.
9- Aplicar conhecimentos prévios e novas situações.
Os hábitos da mente estão na base das relações bem-sucedidas, da aprendizagem contínua, dos ambientes de trabalho produtivos e da democracia duradoura.