6º hábito da mente em sala de aula: Questionar e levantar problemas.
Você lerá nesse post:
Questionar e levantar problemas
1 – O que significa questionar e levantar problemas?
Mais do que simplesmente fazer perguntas, questionar significa fazer perguntas de qualidade para chegar à resposta. Levantar problema é a habilidade de buscar problemas para resolver, e está relacionada à autonomia e à capacidade de inovação.
2 – Qual a importância de levantar problemas e fazer questionamentos? O que diferencia as cores quentes das cores frias? Por que o artista teria usado essa imagem para se expressar? O que faz uma obra ser considerada artística?
Pessoas indagadoras reconhecem fenômenos e discrepâncias ao seu redor e procuram conhecer suas causas. Indivíduos que resolvem problemas com eficácia sabem fazer as perguntas para preencher as brechas entre o que sabem e o não sabem.
O hábito de levantar problemas para resolver está diretamente relacionado à autonomia do aluno em transformar informação em conhecimento – uma das habilidades mais desejadas nesta era da informação.
3 – Por que é importante questionar e levantar problemas em Arte?
Em Arte, entre as habilidades mais importantes que devem ser desenvolvidas está a de formular perguntas que orientem a análise de produções artísticas. Por meio de uma metodologia que priorize a autonomia, o interesse e a curiosidade, é possível que os alunos desenvolvam estratégias questionadoras e levantem problemas para serem resolvidos.
Durante o estudo, os alunos irão se deparar com atividades, seja na análise de uma imagem, seja na realização de uma pesquisa, que irão exigir a formulação de perguntas e, posteriormente, de hipóteses.
Dessa forma, apesar da necessidade de criar um espaço de autonomia para os alunos, é importante que o professor faça a mediação nas diferentes etapas. Fornecer dicas sobre metodologias e procedimentos e instigar a curiosidade levará o aluno a formular questionamentos e a produzir problemáticas a serem resolvidas por meio de uma investigação.
O propósito da elaboração de questionamentos e de problemas nessa disciplina é a formação de indivíduos autônomos, críticos, investigativos e conscientes de seu papel na sociedade, capazes de fazer perguntas reflexivas sobre os mais diversos fenômenos e situações.
4 – O que acontece quando não se tem o hábito de questionar e levantar problemas?
A falta desse hábito indica ausência de curiosidade e de capacidade de inovação. Se falta habilidade para fazer perguntas de qualidade, a solução de problemas pode ser dificultada ou até impedida.
5 – Como abordar o hábito de questionar e levantar problemas em sala de aula?
Estimule seus alunos a fazer perguntas em sala e ouça-as com generosidade e interesse. Ajude-os a entender que existem níveis de complexidade nas perguntas e que às vezes uma pequena mudança na elaboração delas pode fazer a diferença entre chegar à resposta que se deseja e continuar sem os dados necessários para alcança-la.
É comum vermos pessoas fazendo perguntas simples para tentar chegar a resultados máximos. Conscientize seus alunos das funções, classes, sintaxes ou intenções das perguntas. Eles devem perceber que as indagações podem variar em complexidade, estrutura e propósito.
Em Learning and Leading with habits of mind, são descritas cinco características de “perguntas ponderosas”.
Plural: a pergunta pede múltiplas respostas.
Em vez de “Por que isso aconteceu?”, dizemos: “Por que razões isso aconteceu?” Ao ser feita no plural, a pergunta convida o interlocutor a elaborar melhor sua resposta, permitindo mais de uma possibilidade.
Tentativa: ao incluir palavras como poderia ou será em uma pergunta, oferecemos a possibilidade de exploração e removemos a sensação de que a resposta vai estar necessariamente certa ou errada. Por exemplo, “Por que será que isso aconteceu?” é uma pergunta muito mais convidativa do que “Por que isso aconteceu?”.
Exclusiva? Essa forma convida a responder à pergunta. Ao perguntarmos “Por que você acha que isso aconteceu?” em vez de “Por que isso aconteceu?”, envolvemos diretamente o interlocutor.
Cognitiva: bons indagadores incluem em suas perguntas os verbos que indicam o exercício cognitivo que a pessoa deve fazer para responde-las. Por exemplo, reflita, analise, liste, descreva.
Pressuposição positiva? Isso significa incluir na pergunta uma frase indagativa de que a pessoa vai ser capaz de responde-la. Por exemplo, a simples mudança de “Por que isso aconteceu?” para “Que razões você aponta para isso ter acontecido?” pressupões que a pessoa a quem se direciona a pergunta realmente conhece algumas das razões.
6 – Como avaliar seus alunos quanto à habilidade de questionar e levantar problemas?
Apresentamos a seguir um quadro que pode ajudá-lo a identificar o nível no qual cada aluno se encontra em relação ao hábito de questionar e levantar problemas. Com base nessa observação, você poderá lançar desafios personalizados que aprimorem esse hábito.
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